domingo, 4 de novembro de 2012

A DOR E A DELÍCIA DE SER O QUE É. E QUEM VOCÊ É!


Ultimamente eu tenho tido preguiça de muita coisa e de muita gente mas, isso prova que estou mais seletiva e mais do que pronta para alcançar e ouçar novos ares! 


     Eu sempre tive medo de gente muito bem resolvida. Gente, que quando perguntada sobre seu maior defeito, responde "sinceridade", "perfeccionismo",  "não sei" ou pior "não tenho" (que arrepio!). Gente que se gaba demais de sua autoestima nas alturas. Gente politicamente correta além da conta (isso dá nos nervos, por que ninguém é 100% correto! Todos nos temos os nossos pecados encubados na nossa memoria e vivemos pagando penitencias). Gente que diz não sentir inveja, raiva, ciúme, carência ou insegurança (se você não tem nada disso, procure a igreja ou um exorcista por que você tem sérios problemas!).

Não gosto de gente que não muda de ideia, que não explode de vez em quando (e se arrepende quase sempre), que não se contradiz, que não muda de opinião, que não compra briga por nada nem ninguém, que não se permite e que garante que dá sem esperar nada em troca (todo mundo sempre que algo em troca mesmo não querendo admitir, o mundo gira em torno dos desejos do nosso subconsciente). Porque, vamos combinar, a gente espera do mundo, e o mundo espera de nós. E essa expectativa, atendida ou frustrada, vai definindo nosso humor, lapidando nossa personalidade, alimentando nossa fé, equalizando nossos medos e colocando a prova o nosso nível de doçura e azedume em aceitar os fatos (ou simplesmente muda-los).

E o quanto é saudável esperar o que quer que seja, hein... Alguém aí tem essa resposta? Um aplauso da sociedade, um elogio do chefe, um parabéns do professor, um colo de pai e mãe, um "não vivo sem você" do namorado ou marido (é tããooo romântico! rsrs), ou mesmo um simples curtir no Facebook... Será que essa necessidade de feedback e atenção é pura vaidade? ou desejo legítimo de recompensar toda a energia que eu e você colocamos em casa, no trabalho, na vida. Afinal, se contentar em dar o melhor sempre e não esperar nada, nunca, de ninguém é sinal de maturidade e evolução? (em vez de não esperar nada, nunca de ninguém, que tal esperar tudo, mas de poucos e dos bons? #Ficadica!).

Bem, se for assim, não sei quanto a vocês, mas nossa, como eu sou pouco evoluída. Imperfeita e imatura. Como posso atropelar tudo querendo agradar, errar querendo acertar, piorar querendo melhorar, pesar a mão querendo me superar. E como eu espero, viu? Um e-mail apaixonado da vida tem o poder de alegrar meu dia e fazer tooodo o esforço valer a pena. Um "eu sempre acreditei que você iria longe" me faz ter a certeza de que a vida é bonita e é bonita, apesar de todos os pesares. Talvez com o tempo eu espere menos. Talvez seja uma questão de personalidade. Ou quem sabe uma característica astral - ah, os leoninos! Só sei que vou errando (com orgulho) enquanto o tempo me deixar. Até agora, isso tem feito de mim uma pessoa melhor. Ou, pelo menos, mais exigente, critica e esforçada. 


Bjus, Shey!
Postado por Sheyla Rodrigues

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