sábado, 9 de fevereiro de 2013

O QUE A CIÊNCIA PODE NOS ENSINAR SOBRE O AMOR?


    Amor é pura química (literalmente)! E para entender o que acontece em nosso cérebro, a revista Glamour foi ouvir o que um neurocientista tem a dizer sobre isso.

Esqueça tudo o que você sabe sobre o amor! Não, ele não acontece por acaso, não depende do seu novo corte de cabelo e muito menos do seu olhar 43. O negócio é completamente químico. Pelo menos é isso que o neurocientista Larry Young e o jornalista Brian Alexander defendem e explicam no livro A Química Entre Nós (Grupo Editorial Record/ Editora BestSeller 350 páginas, R$ 39,90). A ideia foi compilar tudo o que a ciência diz sobre amor, paixão e sexo através do estudo da neurociência social + histórias reais + pesquisas mundiais. Vamos conferir?


Ah! O amor... resultado de tantos processos químicos que nem imaginávamos 
Imagem: Shutterstock.


Glamour: Sempre ouvimos que seres humanos são parecidos com animais, mas é verdade que para os homens as mulheres são vistas como um território a ser conquistado?

Larry Young: Sim. Enquanto nas espécies animais o cérebro das fêmeas produz a ocitocina e a dopamina em áreas específicas para criar um vínculo duradouro entre a fêmea e seu companheiro, nos machos das espécies animais é a vasopressina que é liberada, ela é reguladora do comportamento territorial e da agressividade. Nos homens é essa mesma substância que determina o relacionamento. Portanto, para os homens as mulheres são vistas como territórios e isso explica muito do comportamento masculino!

Glamour: Por que você diz que as mulheres vão ficar chocadas ao lerem seu livro?

Larry Young: Elas podem ficar muito chocadas ao descobrirem que seus desejos sexuais e atitudes sobre determinados tipos de homens estão mais relacionados a mudança de seu ciclo menstrual do que qualquer outra coisa! As mulheres tendem a comprar sapatos e roupas mais sexy neste momento do mês, quando elas estão férteis e é nesse período que os homens são mais atraentes para elas também. Outra coisa chocante é o verdadeiro motivo pelo qual os homens são tão fascinados por seus seios. Não tem nada a ver com tamanho, mas com os estímulos que recebem quando bebês. Ao dar à luz, a mãe libera ocitocina para acelerar o trabalho de parto e ela também é liberada na amamentação o que desempenha um papel importante na construção do vínculo mãe e bebê. Em humanos, a estimulação do mamilo aumenta a liberação da ocitocina, que ajuda a construir a ligação em seu cérebro com sua parceira.

Glamour: Por que algumas pessoas são mais propensas a trair que outras?

Larry Young: Existem genes que contribuem para formar os traços de personalidade, incluindo a busca por novidades. Certas formas de receptores de dopamina estão mais associados ao comportamento de procura pela novidade. Assim, os mesmos genes que podem causar a ousadia para uma pessoa ser um empresário de sucesso ou um líder, também pode levá-los a busca por uma chance para trair seu parceiro.


Que amor! Imagem: Shutterstock.


Glamour: Por que é tão difícil resistir à tentação?

Larry Young: Há peças antigas em nosso cérebro que nós compartilhamos com os animais, que são responsáveis por nosso apetite sexual. Estas peças evoluíram para se certificar de que estamos fazendo sexo sempre que possível para maximizar o número de filhos. E é este sistema cerebral antigo que sussurra pensamentos de sexo quando vemos uma pessoa atraente. Felizmente também temos peças de raciocínio que nos dizem que agora não é um bom momento para ter relações sexuais. Estes dois circuitos cerebrais ficam sempre competindo por nossa atenção. Às vezes, o circuito de apetite antigo grita mais alto que o outro e convence nosso cérebro que ter um caso é a coisa certa a fazer, mesmo que todas as outras pessoas em torno de nós pense que é uma idéia louca.

Glamour: O que exatamente acontece em nosso corpo e mente quando estamos apaixonados?

Larry Young: Uma série de processos químicos. Quando temos relações sexuais, por exemplo, a dopamina, uma substância química relacionada à motivação, é liberada para o centro de prazer do cérebro. Então, sexo é bom. Ao mesmo tempo que nas mulheres a boa e velha ocitocina é liberada, nos homens é a polêmica vasopressina. As duas substâncias juntas fazem com que cada um se concentre em seu parceiro. Aí entra a aparência, cheiro, o que falam, como se comportam... Tudo parece fascinante. As ações destes produtos químicos no cérebro nos ajuda a associar o parceiro com os bons sentimentos que estamos tendo. O resultado é que nosso cérebro associa o prazer com as características do nosso parceiro e nos faz querer estar com ele/a, gerando o que chamamos de amor.

Espero que tenham curtido, eu achei bem interessante.

Bjus, Shey!

Postado por Sheyla Rodrigues

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