COMO SITUAÇÕES EXTREMAS PODEM AFETAR UM RELACIONAMENTO

Os atores se conheceram nas filmagens da saga "Crepúsculo"

Divulgação; Reprodução/US Weekly

         A noticia caiu como uma bomba mais, qualquer casal está sujeito a passar por dificuldades, até mesmo os mais famosos. A atriz Kristen Stewart foi flagrada traindo seu namorado de longa data, Robert Pattinson, com o diretor de seu último filme “Branca de Neve e o Caçador”, Rupert Sanders. Depois do escândalo que estampou capas de revistas, Pattinson, bastante magoado, saiu de casa e resolveu levar tudo, até o cachorro do casal. De acordo com a imprensa internacional, no entanto, Kristen se mostrou tão arrependida que o galã de "Crepúsculo" concordou em se reencontrar com ela. Agora os rumores são de que o ex-casal pode reatar e até casar.

O sofrimento de um casal público e querido mostra como um susto pode transformar um relacionamento. Segundo psicóloga Marisa de Abreu, uma traição sempre deixará um marca muito grande em todos os envolvidos. “Quem foi traído já tem a informação de que o companheiro pode ter um conceito ético a respeito da traição, ou seja: sabe que não deve, mas não tem um conceito moral, já que mesmo assim o fez”, diz.

É impossível evitar o abalo da confiança, sem contar os sentimentos ruins que nascem desse momento, como a vingança: “se ele cedeu às tentações, eu também posso ceder” . Não que a pessoa vá trair também, já que conhece a dor causada por essa ação, mas é grande a possibilidade de querer ter uma vida mais livre. Entretanto, apesar de tudo, o perdão é viável. “Perdoar não significa esquecer, pois ninguém tem amnésia deliberada. A questão é definir não mais sofrer com o ocorrido”, afirma Marisa. Se essa for a decisão do casal, ela conta que é importante não voltar mais ao assunto, para não reabrir velhas feridas.

A informação ventilada pela imprensa de que Pattinson decidiu casar-se para manter Kristen na linha, de acordo com a especialista, é pura ilusão. “É a prima irmã da ilusão de que um filho melhorará o casamento. Casar é entrar em um compromisso com maior vínculo do que um namoro ou noivado, todavia não há papel assinado que impeça certos comportamentos”, conta.

Para a psicóloga, depois de uma traição, o casal precisa definir se foi traumático o suficiente para romper de vez ou se há margem para conversar e tentar retomar a relação. Às vezes, dependendo do motivo que regeu o deslize, as duas partes podem se reconciliar sem tantas cicatrizes.

Apesar de todo o sofrimento, a relação ainda pode ficar mais forte. “Toda situação traumática tem apenas dois caminhos: fragiliza ou fortalece”, comenta Marisa. De acordo com ela, a maioria dos casos saem fragilizados, porém os que conseguem sair fortalecidos são aqueles que trabalharam muito bem a situação e se comprometeram fortemente. Alguns casos precisam de ajuda profissional para seguir em frente, mas buscar ajuda para resolver o assunto é mostrar mais vontade de estar com o outro.

Casos graves de saúde

Para uma relação levar um chacoalhão, não precisa necessariamente que algum dos envolvidos tenham feito algo errado. Às vezes, uma doença ou um acidente grave podem trazer as mais diversas consequências. “Nem sempre o parceiro tem condições psicológicas para lidar com isso”, explica Marisa.

Para ela, o ideal seria sempre manter-se companheiro até o fim e usar a situação para lapidar suas próprias capacidades e perceber que pode ser muito mais forte do que imaginava. “Aí a pessoa terá orgulho de si mesma para o resto da vida e poderá usar essa força para ser uma mãe (ou um pai) melhor, uma profissional melhor, enfim, uma pessoa melhor”, diz.

Esse é outro caso em que, se superados os problemas, a relação se transformará em algo ainda mais forte. Mas Marisa alerta que se o caso for apenas “suportado”, a relação ficará fragilizada e com o tempo poderá se tornar insuportável.

Bjus, Shey!